Tratamento preventivo
Existe a possibilidade de controlar o número de enxaquecas, a sua intensidade e duração com alguns medicamentos que têm como objectivo tentar controlar essas alterações circulatórias que podem causar a enxaqueca.
Anti-épilepticos
Pode ser usada esta classe de medicamentos para prevenir a enxaqueca propavelmente pela sua capacida de regular uns canais de voltagem de cácio que temos nas nossas veias impedindo assim a vasodilatação excessiva que pode causar a enxaqueca. Pode não fazer desaparecer a enxaqueca mas irá diminuir a frequência e a intensidade das mesmas.
Devem ser tomados por titulação, ou seja, deve-se começar por uma dose mais baixa e ir aumentando gradualmente até encontrar a menor dose necessária para efectuar o correcto controlo da enxaqueca. Dentro desta classe os mais utilizados acabam por ser o topiramato e o valproato, embora o valproato possa aumentar o apetite ou contrário do topiramato.
Devem ser tomados no ínicio da crise de modo a que ela seja mais curta e menos intensa. Devem ser tomados no periodo indicado pelo seu médico.
Beta-bloqueadores e Bloqueadores de canais de cálcio
Sao medicamentos usados para tratar a hipertensão mas que têm a capacidade de controlar as variação de dilatação das artérias e como tal ou manterem o seu calibre estável acabam por evitar as variações e assim evitar as enxaquecas.
São medicamentos que podem causar uma baixa de tensão e como tal trazer os sintomas associados, como cansaço, tonturas, fraqueza muscular.
Anti-depressivos tricilcicos
Acabam por se usar porque interferem na regulação elétrica do cérebro mas também porque as enxaquecas estão também ligados a um factor de stress. Isto porque com o aumento do stress e da ansiedade temos a circular mais cortisol (hormona inflamatória) e adrenalina (causa vasodilatação e aumento da frequência cardiaca) e a presença deste desiquilibrio pode levar a um maior aparecimento de enxaqueca.
Pilula contraceptiva
A pilula combinada pode ser uma das causas da enxaqueca. A melhor maneira de a prevenir passa pela mudança da pilula combinada (estrogenio+progesterona) para uma pilula progestativa (tipo Cerazette). Estas pilulas tem o inconveniente de não existir periodo menstrual, algo que pode causar algum incomodo a algumas senhoras. Se assim for pode passar a usar uma pilula combinada mas de dosagem baixa com 0,15 de Etinilestradiol, passando a tentar o periodo menstrual na mesma, estando protegidas e diminuindo a frequência e intensidade das crises.